Continuado o Especial de Distopias do La Oliphant, esse post vai ser dedicado a aquelas distopias que talvez você não conheça. Afinal, existem muitas (tipo, muitas mesmo) distopias por aí, e nem todas elas recebem a atenção que merecem. E existem muitas historias que valem a pena ler, não apenas as que se tornam filmes de sucesso.
Como o titulo do post sugere, essa é uma lista de livros que você talvez não tenha lido ainda. Então, não vão estar nela livros mais populares como Jogos Vorazes, Divergente, Maze Runner, etc. Não que essas séries não sejam ótimas, mas elas já são bastante conhecidas, não é?
Obs: Algumas das distopias nessa lista já foram mencionadas no post sobre autores de distopias. Estou falando delas de novo porque eu gosto muito delas. 🙂
Então, sem mais delongas, vamos começar:
1 – Starters, de Lissa Price
Starters de Lissa Price é uma distopia sci-fi, publicada em 2014 pela Novo Conceito, e a continuação, Enders, também já foi lançada. O livro conta a história de Callie, uma jovem que vive em um mundo que foi devastado pela Guerra dos Esporos, em que todas as pessoas entre 20 e 60 anos foram mortas. Callie, seu irmão, Tyler e seu amigo, Michael vivem escondidos, lutando contra rebeldes.
A única esperança de Callie é Prime Destinations, uma empresa que aluga corpos de adolescentes para uso de Terminais – idosos que desejam ser jovens novamente. Callie concorda em ser uma doadora, mas o microchip implantado nela falha e ela acorda na vida de sua locadora.
O primeiro livro, Starters, é bem escrito, divertido e a leitura é bem rápida (eu, por exemplo, li em um dia só). O conceito de alugar um corpo para outra pessoa já havia sido explorado antes na ficção, como na série Dollhouse, mas a autora sore trabalhar o tema de forma a torná-lo algo bastante original.
2 – Encarcerados – Fuga de Furnace, de Alexander Gordon Smith
Encarcerados – Fuga de Furnace, de Alexander Gordon Smith, é uma distopia lançada em 2012, pela Editora Benvirá. As sequencias, Solitária e Sentença de Morte também foram lançadas, e eu AINDA ESTOU ESPERANDO os outros livros da série (estão prestando atenção, Benvirá?). O protagonista do livro, Alex Sawyer, vive em um mundo em que delinquentes juvenis são enviados para a Penitenciaria de Furnace, um lugar pior que o inferno.
Alex, junto com seus colegas prisioneiros Zee e Carl, traçam um plano para escapar da terrível situação em que se encontram e voltar ao mundo da superfície. Mas, obviamente, escapar da Penitenciaria de Furnace não é tão fácil assim.
Encarcerados é um livro muito tenso. As descrições da prisão me deixaram incomodado de verdade, e o segundo livro é ainda mais angustiante. Estou na torcida para que essa série ganhe uma adaptação, porque a leitura passa muito bem as sensações de restringimento que os personagens sente, e na tela isso ficaria ainda mais excruciante.
3 – Mentes Sombrias, de Alexandra Bracken

(Foto: House of Chick)
Mentes de Sombrias, de Alexandra Bracken, é uma distopia lançada em pela Editora iD. Infelizmente, as continuações, intituladas Never Fade e Into The Afterlight ainda não fora lançadas. No livro, um vírus que afeta apenas as crianças varre o mundo e mata grande parte da população infantil. As que não morrem, desenvolvem habilidades sobre-humanas.
Ruby, a protagonista do livro, é uma dessas pessoas com habilidades incríveis, e é enviada para Thurmond, um campo de reabilitação criado pelo governo com a intenção de controlar esses adolescentes e utiliza-los como armas. Ruby e alguns dos outros habitantes de Thurmond, consegue escapar e precisa fugir não somente da polícia, mas também de caçadores de recompensas.
É realmente uma pena que a Editora ID ainda não tenha lançado os outros livros dessa trilogia no Brasil, porque ela foi uma das que eu mais gostei de ler. Alexandra Bracken é uma ótima autora e tomara que com o sucesso que o novo livro dela, Passenger, está fazendo, as editoras prestem mais atenção aos livros dela.
4 – Reboot, de Amy Tintera

(Foto: Fútil mas Inteligente)
Reboot, de Amy Tintera, é um distopia sci-fi lançada em 2015, pela Galera Record. No livro, um vírus desola o estado do Texas, e as vítimas mais jovem da doença voltam à vida após morrerem. Os chamados Reboots são mais fortes, rápidos e mais resistentes do que os humanos normais. Uma organização chamada CRAH (Corporação de Repovoamento e Avanço Humano) utiliza os Reboots como agentes especiais, principalmente na captura de outros Reboots.
A Reboot mais forte da CRAH, Wren, segue as ordens da organização a risca, até o dia em que a chegada de um novo Reboot, um jovem chamado Callum, leva Wren a contestar tudo o que ela achava que sabia sobre a organização que controla sua vida inteira.
Eu li Reboot faz pouco tempo, e já entrou pra minha lista dos melhores que li este ano. Já estou morrendo de vontade de ler a continuação, Rebelde, que foi lançado pela Galera Record agora em Março, porque o final me deixou cheiro de curiosidade.
5 – A Ilha dos Dissidentes, de Bárbara Morais
E completando a lista, minha distopia nacional favorita, A Ilha dos Dissidentes, de Bárbara Morais. Lançado pela Editora Gutenberg em 2013, o primeiro livro da Trilogia Anômalos conta a história de Sybil, uma adolescente que vive na União, um país devastado pela guerra. Após um naufrágio, do qual ela é a única sobrevivente, Sybil descobre que é uma anômala (um grupo de pessoas com mutações genéticas que tem habilidades sobre-humanas).
Sybil é então transferida para Pandora, uma cidade populada apenas por anômalos, e precisa se adaptar á uma nova realidade, cercada por pessoas com poderes incríveis, e com o preconceito que os anômalos sofrem.
Eu já falei aqui no blog o quanto eu adoro a Trilogia Anômalos, tanto que tenho todos os livros autografados pela Bárbara Morais, que inclusive é uma fofa. Mas eu não canso de repetir o quanto essa trilogia me impressionou, principalmente porque eu ainda não tinha visto nenhum livro nacional explorar o tema distopias antes.
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Bom, é isso. Essa é a minha lista de distopias que eu gostaria de ver mais gente falando sobre. E vocês? Já leram algumas delas? Conhecem alguma distopia que eu não listei? Não deixem de comentar!
E continuem acompanhando o Especial de Distopias do La Oliphant, até o final do mês de Março!